sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dicas para se dar bem em concurso Parte III

Conhecer estilo da prova de direito dá vantagem a candidato em concurso
Cada banca organizadora cobra um tipo de conteúdo diferente.

As disciplinas de direito fazem parte de concursos para cargos de nível médio e superior, não se limitando a concursos da área jurídica para tribunais, promotorias, procuradorias ou defensoria pública. Em concursos concorridos como do Banco Central, Receita Federal e Polícia Federal as matérias de direito têm grande peso na prova e, por isso, o candidato que se sai bem nas disciplinas aumenta as chances de ganhar a vaga no setor público.

O diretor pedagógico da Academia do Concurso Público, Paulo Estrella, explica que o fato de o candidato conhecer as características da banca examinadora do concurso que irá prestar pode ser o diferencial para uma boa prova.

Segundo Estrella, alguns tópicos programáticos costumam ser mais frequentes em determinadas bancas do que em outras. “Se a banca tem preferência por determinado conteúdo, o aluno irá perceber isso fazendo as provas anteriores, e deverá dar mais importância àquele conteúdo", afirma.

Outra vantagem de conhecer a abordagem da banca examinadora, na avaliação de Estrella, é a facilidade de leitura e interpretação das questões, porque muitas vezes a resposta de uma questão de prova anterior pode ser usada como enunciado em uma outra prova. “Conhecendo as características da banca, o candidato evita surpresas e acelera a resolução das questões", diz.

Ele afirma que essas características não valem somente para concursos jurídicos, pois os concursos da área executiva, como os de fiscal, policial e área financeira, por exemplo, também têm disciplinas de direito que seguem a mesma lógica.

Esaf e Cespe/UnB

De acordo com Sylvio Motta, professor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), editor de concursos da editora Campus-Elsevier e diretor do curso Companhia dos Módulos, as provas jurídicas da Esaf e do Cespe/UnB, principais organizadoras do país, têm maior grau de dificuldade em relação às demais bancas. “Em termos de dificuldade são imbatíveis, são questões com forte apelo doutrinário [forma como os autores se posicionam sobre a aplicação das leis] e jurisprudencial [maneira como os tribunais decidem sobre as leis] e testam muito os nervos dos candidatos”.

No caso das duas bancas, segundo o professor, não adianta conhecer apenas o texto da lei, tem que saber interpretar, conhecer a doutrina dos autores que escrevem sobre as leis e como eles se posicionam, além das jurisprudênciais dos tribunais superiores como Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Motta alerta que tamanho de questão não é documento. As perguntas que têm enunciados pequenos costumam ser bem mais difíceis que as com conteúdo mais extenso. No caso das que têm enunciados maiores, o candidato deve ter paciência de ler até o final, segundo ele.

Para essas organizadoras ele aconselha estudar de acordo com jusrisprudência, doutrina e fazendo provas anteriores.

Já no caso da Fundação Cesgranrio e Fundação Carlos Chagas, as questões se tornam mais fáceis para quem se preparou decorando a lei. “Tem que memorizar o texto legal. As questões são literais, não demandam tanta interpretação, não decorou, errou”, diz.

O especialista afirma que as provas de direito têm ficado mais difíceis porque o preparo dos candidatos está cada vez mais profissionalizado. Ele recomenda que os candidatos se preparem com livros de boa qualidade e atualizados. E para quem nunca teve contato com as disciplinas de direito ele aconselha que faça um curso para ser introduzido às disciplinas e entender como se raciocina juridicamente.

Fonte: G1

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