sábado, 8 de janeiro de 2011

Veja dicas para vagas em tribunais para quem não é formado em direito

Para quem deseja se candidatar a uma das muitas vagas aguardadas para 2011 na área de tribunais, é hora de iniciar ou intensificar os estudos. Os concursos mais frequentes costumam acontecer para o preenchimento de vagas nos tribunais de justiça –TJs-, nos tribunais regionais eleitorais –TREs- e nos tribunais regionais do trabalho –TRTs-, nos diversos estados e Distrito Federal e, também para os tribunais regionais federais das 5 regiões do país. Desde março passado, é aguardado o edital para o cargo de analista judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em geral, são oferecidos cargos de nível médio e superior na área administrativa, para formados em qualquer área. Podem também ser oferecidos cargos de nível médio específico, para área de segurança e outros, como enfermagem e informática. Existem oportunidades de nível superior para carreiras específicas bastante variadas, como tecnologia da informação, comunicação social, engenharia e muitas na área médica. Além, claro, da área judiciária propriamente dita, específica para os formados em direito.

Os salários variam conforme o tribunal e o estado, podendo chegar, em alguns casos, a mais de R$ 4 mil para técnico (R$ 4.052,96 nos TREs de MT e ES; no TRT-RN) e a mais de R$ 6 mil para analista (R$ 6.611,39 nos TREs de MT e ES; e no TRT-RN).

Alguns concursos podem exigir prova prática de digitação para alguns cargos e de condução de veículos e atividades relacionadas para funções na especialidade de segurança e transporte. Neste caso, também costuma haver teste de capacitação física.

Matérias básicas

Assim como em outras áreas de concurso público, é possível estabelecer uma prioridade de estudo em que o candidato comece pelas matérias comuns aos diversos concursos para, somente depois, dedicar-se ao estudo das disciplinas específicas.

Nos casos de vagas de nível médio, matérias como português, direito constitucional, direito administrativo, informática, raciocínio lógico e arquivologia formam uma base sólida para que o candidato esteja apto a concorrer a qualquer cargo da área, bastando estudar matérias específicas do tribunal em questão na proximidade da publicação do edital.

Para vagas de nível superior, o leque de matérias é um pouco mais amplo, se o candidato pretende estar mesmo preparado. Português, direito constitucional, direito administrativo, informática, raciocínio lógico, direito civil e processual civil, direito penal e processual penal.

Além dessas, recentemente temos observado a inclusão de disciplinas como gestão de recursos humanos e materiais, administração pública e administração financeira e orçamentária (AFO) para os cargos da área administrativa, até mesmo de nível médio.

Como iniciar a preparação
Uma boa estratégia -que também serve para quem pretende concorrer a cargos de nível médio- seria iniciar a preparação por português, direito constitucional, direito administrativo, informática e raciocínio lógico. Inclusive porque são matérias cobradas em diversos concursos, mesmo de outras áreas. A partir do momento em que o candidato tiver domínio nessas disciplinas, inclui as demais na sua programação de estudo, em duas etapas –primeiro os “direitos” e, num terceiro momento, gestão de recursos e administração-, ou todo o grupo de uma só vez.

Vale ressaltar que algumas dessas matérias podem constar de um edital e não de outro, às vezes para o mesmo tipo de tribunal em outro estado ou região. Mas, essencialmente, se o candidato tiver bom conhecimento do grupo de disciplinas sugerido, estará realmente bem qualificado para qualquer concurso da área de tribunais, incluindo apenas uma ou duas matérias complementares na publicação do edital. Seria o caso de incluir o direito eleitoral em caso de concurso para TRE, o direito do trabalho, processo e previdenciário para TRT, código e estatuto para TJ, por exemplo.

Nos casos de cargos de formação específica, é sempre cobrado o português e as disciplinas relacionadas à área de atuação. Além disso, podem constar noções de direito constitucional e administrativo, ou raciocínio lógico e informática.

Fonte: http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2010/11/veja-dicas-para-vagas-em-tribunais-para-quem-nao-e-formado-em-direito.html

Saiba como lidar com os riscos da preparação para concursos

Na sua lista de planos para 2011 você tem considerado a possibilidade de prestar concursos? Nesta coluna vamos citar vantagens e riscos desse "projeto" que é buscar uma carreira pública, para ajudar em sua avaliação. É importante lembrar que esse objetivo depende somente de você -e esta é a primeira das vantagens. É uma questão de estudar bastante e aprender a fazer prova.
Outros pontos positivos de investir em concursos públicos são:

- não há discriminações;

- idade, classe social, sexo, estado civil, número de filhos, etc, não são considerados na sua avaliação, somente o conhecimento comprovado nas provas realizadas, com raríssimas exceções, como seleções para polícia;

- não há limite de tempo: sempre haverá mais um concurso, uma nova oportunidade de aprovação (exceção feita àqueles que determinam idade, como os da área policial);

- o projeto pode ser adaptado ao seu estilo de vida; como não há prazo para aprovação, o candidato cria a rotina de estudo possível dentro da sua realidade, nos horários disponíveis e com o tempo de duração viável;

- qualidade/variedade das fontes de estudo; atualmente existe a possibilidade de estudar em cursos presenciais ou à distância, seja via satélite ou internet; há, ainda, materiais didáticos de excelente qualidade, de editoras e sites especializados (neste caso, arquivos digitais), que também facilitam a preparação de quem prefere estudar sozinho;

- ser um cidadão melhor; a preparação para concurso público quase sempre parte de matérias como direito constitucional e direito administrativo, além de outras cujo estudo permite ao candidato tornar-se um cidadão mais consciente do funcionamento das estruturas do país, e dos seus próprios direitos e deveres. Além disso, o aprofundamento do estudo da língua portuguesa também é útil em todas as esferas da vida;

- garantia de sucesso: só não é possível prever em quanto tempo; quando se inicia o projeto, existe uma fila de pessoas estudando e com mais conhecimento. Aos poucos, essas pessoas –mais preparadas- vão sendo aprovadas e saindo da fila, outras desistem e também saem da fila. Quem permanece estudando vai ganhando conhecimento e avançando posições. A aprovação é somente uma questão de tempo;

- a solução é para o resto da vida; a partir do momento em que o candidato é nomeado e empossado, vai usufruir a conquista para sempre;

- reprovações não afetam o currículo; insucessos durante a trajetória não mancham a carreira do servidor; ao contrário, são bastante comuns e fazem parte do processo de preparação; e mais: o o insucesso em um concurso é patamar de conhecimento para o seguinte; a partir do momento em que o candidato escolhe uma área de concursos, que tem um núcleo comum de matérias, a cada concurso ele acumula conhecimento e refina a preparação para o próximo;

- é possível "treinar"; existe uma infinidade de provas de concursos anteriores –para o mesmo nível/cargo ou da mesma instituição organizadora-, que servem para que o candidato possa testar seus conhecimentos, aprimorar o estudo e se familiarizar com a forma de cobrança da teoria;

- credibilidade: a ‘instituição’ concurso público é hoje conhecida por todos e tem credibilidade; ela sofre fiscalização de todos os setores da sociedade e, se houver suspeita de irregularidade, o fato é denunciado, apurado e as providências necessárias, adotadas;

- suporte financeiro para outros sonhos; o candidato aprovado poderá investir em melhorar sua formação escolar e até mesmo na profissão dos sonhos, que em muitas situações poderá ser exercida, desde que no horário livre e se não houver incompatibilidade com o cargo;

- ser servidor público dentro da sua profissão; existem muitos concursos para formação específica -de todas as áreas: médicos, biólogos, contadores, engenheiros, jornalistas, etc. É a oportunidade de aliar o exercício da profissão escolhida à segurança do serviço público;

- o dinheiro investido no projeto –cursos, livros, alimentação, transporte- é integralmente ressarcido já com os primeiros salários;

- independentemente das dificuldades do caminho, o resultado compensa –o registro que ficará será o da vitória.

Os riscos -e como lidar com eles

- resultados não são imediatos; em razão da quantidade de matérias e da concorrência para cada cargo, passar em concurso público é projeto de médio/longo prazo –em torno de 1 ano para cargo de nível médio e 2 anos para os de nível superior. Pode ser bem mais, dependendo da situação. Planeje-se para isso;

– imprevisibilidade do edital; não há como saber exatamente quando será publicado o edital de um concurso, mas o acompanhamento das notícias ajuda bastante –a informação de solicitação de vagas, da autorização das mesmas e elaboração do edital costuma ser divulgada pela mídia especializada, o que dá uma boa ideia de prazo para o edital.

– matérias novas; a maioria é absolutamente desconhecida para o candidato, mas isso é comum em toda a vida de estudante: a cada ano de escola são incluídas disciplinas e conteúdos novos, naturalmente assimilados pelos alunos. Esse "pacote" pode ser alterado em relação ao edital anterior, é verdade; mas, para quem está-se preparando com antecedência, haverá a dianteira de diversas matérias já estudadas, o que sempre é uma vantagem em relação à concorrência. Além disso, o mais comum é ser mantido basicamente o conteúdo programático do concurso anterior, com poucas alterações;

- pouco tempo entre o edital e a prova; em geral, são aproximadamente 60 dias até o exame e isso não é suficiente para o candidato estar bem preparado. A solução é iniciar o estudo antecipadamente, mesmo sem edital publicado, a partir do estudo de matérias básicas, ou seja, que costumam ser cobradas naquele tipo de concurso;

- prazo para a nomeação não é definido; o candidato aprovado ainda precisa aguardar sua nomeação e convocação para posse. Como os concursos têm prazo de validade que pode ser de até dois anos, prorrogável por mais dois, isso pode demorar até quatro anos. Por esse motivo, muita gente continua estudando e fazendo novos concursos, mesmo depois de aprovada, já que pode acontecer de um concurso posterior nomear antes do que foi realizado antes;

- investimento pessoal; a aprovação em concurso depende de estudo sério e consistente. São muitas matérias e a cobrança costuma ser bastante profunda e abrangente. Para isso, o candidato obrigatoriamente precisará de muita dedicação e de abrir mão de algumas coisas, tais como reduzir a vida social. Por outro lado, criar uma rotina equilibrada que garanta boa saúde, algum lazer e estudo produtivo torna tudo isso mais suportável;

– cobrança da família; isso é praticamente inevitável: em algum momento da trajetória o candidato sofrerá pressão de parentes e/ou dos amigos quanto à sua aprovação no concurso. Ainda mais quando acontece alguma reprovação. Por isso é preciso ter clareza do que se busca e compreender que a expectativa dos outros é natural, mas não deve afetá-lo. O projeto é pessoal e há diversos relatos de quem passou por isso e depois venceu;

- estresse: reprovações, editais que não saem ou com poucas vagas, restrições financeiras, falta de tempo, pouca vida social, insegurança, cansaço, tudo isso também exerce uma pressão quase insuportável. O importante é construir um projeto equilibrado, para garantir a continuidade até a aprovação;

- problemas no concurso: adiamentos, cancelamentos, suspensões. Saiba que isso é exceção: a maioria dos concursos transcorre dentro da normalidade. Mesmo assim, o ideal é o candidato não se fixar em somente um concurso. Assim, se surgir algum problema fica mais fácil retomar a preparação para uma nova oportunidade;

- ofertas de emprego; o que muitos candidatos mais desejam, no meio do preparação para concurso pode virar um tormento: receber uma proposta de emprego. O candidato fica entre aceitar o imediato e abandonar o projeto ou fechar os olhos à oportunidade e seguir em frente. Não há reposta certa. É preciso analisar o caso concreto, a proposta recebida, as perspectivas de segurança e salário, e o quanto o candidato já caminhou na sua preparação;

- edital inesperado; às vezes,ele é publicado de repente e é difícil decidir se vale redirecionar os estudos para aproveitar a oportunidade. Uma atitude prudente é avaliar quanto do conteúdo que será cobrado já é do domínio do candidato, porque não haverá muito tempo até a prova. Se o concurso for interessante e houver real possibilidade de estudar o que falta, vale reprogramar os estudos. Caso contrário, talvez seja melhor seguir o planejamento anterior e estar preparado para a oportunidade seguinte.

Em resumo, todo concurso público é um desafio e requer dedicação, perseverança e equilíbrio. Qualquer pessoa que deseje e se disponha a enfrentar a maratona, pode vencer. Mas esse não é o único caminho do sucesso profissional e financeiro.

Se você tem um talento específico, as oportunidades estão surgindo e você percebe que a carreira está progredindo a passos largos, siga em frente e não olhe para trás. Afinal, o país também precisa de médicos, professores, músicos, dentistas, advogados, pintores, jornalistas e de tantos outros profissionais.

E se, em algum momento lá na frente, as coisas não frutificarem como você desejava, sempre haverá a possibilidade de pensar em fazer carreira pública.

Fonte: http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2010/12/saiba-como-lidar-com-os-riscos-da-preparacao-para-concursos.html

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Deputados defendem reajuste maior para o salário mínimo

Conforme divulgado pela Agência Câmara de Notícias, deputados federais divergem do salário mínimo de 540 reais, fixado pelo governo, e querem apresentar emendas à Medida Provisória 516/10 propondo valores maiores.
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pretende apresentar emenda com o valor de 560 reais, enquanto o líder do PDT e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), vai sugerir 580 reais. A MP sobre o salário mínimo deve ser votada logo no início da nova Legislatura, em fevereiro.

Em Goiás, deputados também pregam um reajuste maior que o fixado pelo Governo federal. Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa, o deputado Mauro Rubem (PT) prefere não sugerir o melhor reajuste a ser feito, mas classifica como injusto o valor de 540 reais.

Defendo a ideia de que o salário mínimo deve ser reajustado acima da inflação para que possa recuperar seu poder de compra. Essa discussão é complexa, pois envolve várias pastas do Governo federal, prefeituras e a Previdência Social, mas espero que o reajuste seja o maior possível. Com certeza, esse aumento gera um impacto orçamentário, mas é importante lembrar que todo impacto gera crescimento e assim, a economia se aquece, esclarece.

Para o presidente da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, deputado Helio de Sousa (DEM), orçamento é questão de prioridades. Se priorizarmos o salário mínimo, outros gastos poderiam ser remanejados. Um exemplo claro é o do Governo Lula, que gastou aproximadamente R$ 1 bilhão por ano em publicidade. Se tirar o que é supérfluo é possível um reajuste maior, explica.

Helio de Sousa sugere o valor de 560 reais. Entendo que o salário mínimo sempre foi um indexador das necessidades mínimas dos trabalhadores brasileiros e para manter uma estrutura familiar, o valor de 540 reais não corresponde às necessidades básicas, destaca.

O impacto orçamentário do reajuste nos cofres da Previdência Social será de aproximadamente R$ 5,15 bilhões em 2011, segundo previsão do Governo. Nos benefícios assistenciais mantidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), será de R$ 1,33 bilhão no mesmo período. O impacto total, portanto, será de R$ 6,48 bilhões montante já previsto no Orçamento de 2011.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) citou o reajuste do salário mínimo como tema prioritário para o Congresso, junto com as reformas política e tributária.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2527473/deputados-defendem-reajuste-maior-para-o-salario-minimo

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

5 perguntas e respostas sobre inclusão de alunos surdos

Respondemos a cinco dúvidas comuns sobre os programas governamentais e a oferta de materiais de apoio para incluir os alunos com deficiência auditiva nas turmas regulares

1- Toda escola deve ter um intérprete de Libras?
Qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a um intérprete de Libras. Caso você tenha apenas um aluno surdo matriculado, procure outras escolas da região e monte um pequeno grupo de estudantes que possam receber o atendimento de um profissional no contraturno. Isso facilita o trabalho das Secretarias de Educação, que cadastram intérpretes anualmente, mas ainda não conseguem atender à procura das instituições de ensino.

Outro profissional importante nesse processo é o instrutor surdo – um profissional com deficiência auditiva que atua na escola e ensina a língua de sinais para os alunos surdos e, eventualmente, para os ouvintes também.

2- Como esses intérpretes são formados?

uase 700 cursos superiores em Pedagogia, mais de 50 cursos de Fonoaudiologia e cerca de 400 cursos de Letras oferecem disciplinas de Libras em suas grades curriculares. Mas, para ser um intérprete oficialmente cadastrado é preciso passar pelo programa nacional de certificação de intérpretes, o Prolibras, coordenado pelo MEC.

O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) abre uma chamada pública para recrutar instituições públicas de ensino superior que possam aplicar o exame de proficiência em Libras aos interessados. Nos últimos anos, a instituição responsável é a Universidade de Santa Catarina. A partir de 2011, o Prolibras deve ser executado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

A prova prática de proficiência engloba uma apresentação pessoal do candidato em Libras e outra apresentação a respeito de um tema determinado pela comissão de avaliação. O candidato também precisa mostrar como executaria um plano de aula entregue pelos avaliadores, detalhando as estratégias, a metodologia e os recursos didáticos empregados. Todos são avaliados sob dois aspectos principais: a fluência em Libras e a competência metodológica para que este intérprete também saiba ensinar a língua de sinais a outras pessoas.

Há, também, os cursos oferecidos por entidades do terceiro setor e os realizados à distância, que não são contabilizados pelo Censo Escolar.

3- Como os gestores devem proceder para ter um intérprete na escola?
O gestor que recebe uma matrícula de um aluno com deficiência auditiva deve imediatamente procurar a Secretaria de Educação do Estado ou do Município, fazer um cadastro e comunicar as necessidades específicas daquele aluno. Com base nisso, os governos podem planejar melhor a distribuição de recursos dentro da rede.

Vale lembrar que todos os estados possuem os Centros de Capacitação dos Profissionais de Educação e de Apoio às Pessoas com Surdez (CAS), vinculados às Secretarias Estaduais de Educação. Esses Centros são encarregados pela realização de cursos de formação na área e são financiados com recursos do MEC e das Secretarias.

4- O que fazer quando a escola não possui intérpretes?

O primeiro passo é entrar em contato com as Secretarias de Educação para solicitar um intérprete e verificar quais os cursos disponíveis para a formação dos professores. Caso a escola ainda não tenha uma sala de recursos multidisciplinar, também é possível fazer esta solicitação através do Programa Escola Acessível, do Ministério da Educação, pelos telefones (61) 2104 -9258 e (61) 2104-8651.

O MEC também disponibiliza materiais de apoio e recursos didáticos para as escolas, que podem ajudar os professores não-intérpretes a flexibilizar as atividades para melhor atender aos alunos com deficiência auditiva. Mas, vale lembrar que a presença do intérprete é fundamental para garantir o avanço desses estudantes. Uma sugestão é reunir alunos com deficiência auditiva de diferentes escolas de uma região em um mesmo espaço no contraturno, para que sejam assistidos por um intérprete e um instrutor surdo.

5- Como é possível conseguir os materiais de apoio ao Atendimento Educacional Especializado?
Os estados, por meio das Secretarias de Educação, apresentam à Secretaria de Educação Especial do MEC planos de trabalho com os cursos de formação que desejam oferecer aos profissionais que trabalham no AEE da rede, o número de vagas que podem ser ofertadas, assim como uma listagem dos materiais que desejam encaminhar para as escolas. Assim, o Ministério pode distribuir da forma mais adequada possível os recursos financeiros disponíveis e os materiais didáticos e pedagógicos em formatos acessíveis (Libras).

Também é possível obter recursos do Fundeb para financiar o AEE, mas a administração desse financiamento fica a cargo da rede de ensino. Livros didáticos, DVDs literários e dicionários trilíngues (Libras/Português/Inglês) são disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através dos Programas Nacionais do Livro e enviados automaticamente para as escolas públicas com alunos surdos matriculados.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/5-perguntas-respostas-politicas-publicas-inclusao-surdos-613409.shtml?page=4